O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a criticar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Partido dos Trabalhadores. As declarações foram feitas durante passagem por relâmpago por Portugal para participar do 5º Seminário Luso-Brasileiro de Direito, organizado em Lisboa pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes. "O Lula toda hora alfineta a população brasileira, mentindo e dizendo que vai voltar para salvar o Brasil. Salvar do quê? Dos três anos de recessão que ele e Dilma Rousseff entregaram de presente? Salvar os 13 milhões de desempregados que ele deixou na rua, os trabalhadores que ele devia defender?", disse o tucano, em conversa com jornalistas depois do evento. O prefeito aproveitou para criticar a corrupção no Brasil, afirmando que "R$ 8 billhões foram surrupiados" da Petrobras, além de mais R$ 42 bilhões de outras estatais.
"O maior assalto ao dinheiro público da história", classificou. João Doria voltou a falar que Lula deveria viajar para Curitiba, em uma alusão às complicações do petista com a Lava Jato e o juiz Sergio Moro. "Lula quer salvar a imagem brasileira que ele colocou no chão internacionalmente? Ah, Lula, vá visitar Curitiba que você vai se dar melhor lá", finalizou.
NEGOU CANDIDATURA
Apesar das críticas ao PT e ao ex-presidente Lula, o tucano negou que vá se candidatar a alguma coisa. "Não sou candidato a nada, nem a governador nem a presidente da República. Sou candidato a ser um bom prefeito da minha cidade, a agir de forma correta, inovadora, honesta e transparente. É assim que vou dar a minha demonstração que o Brasil não precisa de Lula e não precisa de PT", disse Doria ao fim de sua palestra, arrancando muitos aplausos da plateia.
CELEBRIDADE
Doria passou apenas cerca de quatro horas na capital portuguesa. Vindo direto de Roma, onde se encontrou com o papa Francisco de manhã, o prefeito voou em seu jatinho particular até Lisboa apenas para participar do evento de Gilmar Mendes. Sua palestra, prevista para a parte da manhã, acabou acontecendo depois das 17h (13h de Brasília). O auditório, antes parcialmente vazio, lotou rapidamente. Muitos dos participantes se esticavam tentando tirar uma selfie com o prefeito.
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