Com agenda corrida, o prefeito ACM Neto (DEM) recebeu o Bahia Notícias na sala de seu apartamento, no Corredor da Vitória, para uma conversa sobre o momento pré-eleitoral. Antes do gravador ser acionado, pediu que o fotógrafo evitasse mostrar detalhes da residência.
“Não quero expor a privacidade da minha família”, justificou. Após a entrevista, abriu a porta pessoalmente e chamou o elevador. Foram cerca de 30 minutos de bate-papo, quando o gestor rebateu as recentes críticas publicadas na imprensa, proferidas pelos adversários – em especial o governador Rui Costa (PT).
“Eu não sei qual é essa obsessão que o governador tem comigo”, provocou ACM Neto, ainda sereno. A calma, todavia, esvaiu-se quando o prefeito ouviu a menção de que a reforma do Rio Vermelho teria custado R$ 70 milhões, segundo o divulgado pelo governador.
“Eu lamento que o governador fale do que não sabe. Ele cita, por exemplo, que a obra do Rio Vermelho custou R$ 70 milhões, quando ela custou R$ 44 milhões na sua primeira etapa”, afirmou, para negar também qualquer relação “promíscua entre governo, partido e empresas”. “Eu me admiro do governo se dispor a fazer esse tipo de ilações”, completou.
Durante a conversa com o Bahia Notícias, o prefeito falou pouco sobre eleição. Ao ser questionado sobre o tema, tergiversava e tentava trazer o tema para a administração municipal – inspirado na corrida eleitoral prestes a começar oficialmente, numa espécie de palanque discreto.
O gestor também reclamou que o tom adotado por Rui Costa não deixa o clima “leve”. “Se ele não quer ser simpático, não tem problema.
O que talvez o governador não aceite é o fato de que a prefeitura não é uma secretaria estadual”, atacou ACM Neto. “As pessoas especulam muito sobre 2018, perguntam sobre candidatura a governador. Confesso que sequer aceito conversar sobre essas especulações”, garantiu.
(Ba.Notíicias (AF)