Política

Não há reajuste salarial, mas sim pagamento do que é devido, diz Astram sobre projeto de Neto

Projeto de Lei 458/17, que reajusta os vencimentos, recebeu 31 votos a favor e 9 abstenções da bancada da oposição na Câmara de Salvador

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A Câmara de Salvador aprovou, na tarde desta quarta-feira (13), três projetos do Executivo que estavam na Ordem do Dia, entre eles, o Projeto de Lei 458/17, que reajusta os vencimentos dos servidores municipais.

Segundo o presidente da Associação dos Servidores em Transporte e Trânsito do Município (ASTRAM), André Camilo, a prefeitura não estaria concedendo nenhum reajuste.

“Não concordamos que esteja havendo reajuste salarial, e sim pagamento de 50% do que nos é devido pela prefeitura até aqui. Não houve nenhuma negociação, o que a prefeitura coloca são direitos garantidos na Lei n°8629/2014, que criou o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCV) dos servidores municipais. Estamos com enquadramentos, que possibilitam os avanços de níveis, atrasados desde maio de 2016; não recebemos correção inflacionária nos nossos salários há três anos e estamos há mais de quatro anos sem aumento nos valores das horas de operações especiais e auxilio alimentação”, disse Camilo.

Outro ponto questionado pelo presidente da entidade é a exclusão dos aposentados e pensionistas da proposta. “O reajuste de apenas 2,5% para os servidores com menos de dez anos de casa e, principalmente, a exclusão dos aposentados e pensionistas das negociações não contempla a luta social da categoria que representamos. O regime fiscal da prefeitura já contemplava o enquadramento do PCV previsto em lei, hoje o gasto com pessoal da prefeitura é de 41,25%, quando ele pode chegar até 54%”, ressalta.

E continua: “portanto, reafirmamos a sociedade soteropolitana que não está havendo reajuste salarial, mas sim o pagamento de 50% do que é devido pela prefeitura aos servidores municipais. Salientando mais uma vez que os pagamentos estão atrasados desde maio de 2016 e a proposta da prefeitura é para serem pagos sem o devido retroativo”, explica.

Fonte: Bocão News (FA)