O ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) concedeu a sua primeira entrevista após a prisão em 2017 com o escândalo das malas com R$ 51 milhões em espécie em um bunker em Salvador. Ao programa "Isso é Bahia", da A Tarde FM, o baiano revelou a razão pela qual não se sente constrangido de continuar usando ativamente as redes sociais.
Sem ser explícito sobre possíveis ofensivas contra adversários por meio de mensagens insinuosas em seu perfil, Geddel afirmou que a condenação a 14 anos e dez meses de prisão não incluiu a perda de direito de expressar as suas ideias, nem que haja uma punição pela própria "consciência".
"A minha condenação se deu à prisão. Não fui condenado a calar a boca, a me silenciar, a não me expressar, não tocar a minha vida. Não fui condenado pela Justiça nem pela minha consciência a passar o resto da vida debaixo da cama. Eu caí. Tenho cumprido o preço que a sociedade me cobrou através do Judiciário com pudice, tranquilidade, serenidade e altivez", declarou o edemebista, que também foi vice-presidente da Caixa Econômica.
Recentemente, Geddel compartilhou as fotos com as malas de dinheiro encontradas no apartamento e citou "flechas" que poderiam ser disparadas caso adversários usassem o episódio para tentar manchar ainda mais a sua imagem.
Geddel sugeriu que aqueles incomodados e que considerem brandas as suas punições, busquem meios de propor mudanças legalmente.
"Não tentem me constranger, porque as mazelas são públicas. Fiz questão de pegar a foto que me dizem que sou ladrão, eu já estou pagando por isso. Se alguém quer me colocar na prisão perpétua, colocar no paredão de fuzilamento, vire deputado e mude as leis", provocou.