Política

"Não adianta tentar jogar população contra professores em greve", afirma Marta Rodrigues

Os professores municipais da capital baiana iniciaram a greve na última quinta-feira (19) e, desde então, não houve negociação para tentativa de acordo entre as partes

Reginaldo Ipê
Reginaldo Ipê

A vereadora e pré-candidata a deputada federal Marta Rodrigues (PT) disse, nesta quarta-feira (25), que o prefeito Bruno Reis tenta jogar a população e os estudantes contra os profissionais da educação municipal, que estão em greve, ao divulgar valores salariais que não condizem com a realidade da categoria. 

“Os educadores e educadoras estão indignados com toda razão, pois chega a ser um absurdo o prefeito levar para suas redes sociais inverdades sobre valores salariais, enquanto muitos destes professores precisam se virar no trinta para sobreviver. A população soteropolitana que está nas salas de aula das escolas públicas sabem dos desafios diários destes profissionais, que prezam pelo diálogo, mas não estão tendo retorno", afirmou. 

Segundo Marta Rodrigues, a falta de respeito com a categoria só aumenta, principalmente após a secretaria municipal de educação ameaçar corte de salário dos trabalhadores e trabalhadoras, questão que foi fortemente rechaçada durante a assembleia realizada nesta quarta no ginásio dos bancários, quando se decidiu pela manutenção da greve.  

“Além do pedido de reajuste de 33,24 %, que está de acordo com os direitos trabalhistas, a categoria elenca uma série de absurdos como escolas precarizadas e com reformas inacabadas, falta de material escolar e desrespeito com os profissionais por parte da secretaria municipal de educação, que desde então vem tratando com desprezo as diversas tentativas de diálogo”, afirmou. 

"Importante lembrar ainda que foram mais de 40 EJAs fechadas, retirada das disciplinas de Artes e Educação Física da grade escolar, além da ausência de creches e de auxiliares de monitoramento infantil", completou Rodrigues.

Os professores municipais da capital baiana iniciaram a greve na última quinta-feira (19) e, desde então, não houve negociação para tentativa de acordo entre as partes. A APLB, e a Secretaria Municipal da Educação (SMED) negociam desde o mês de março, mas sem acordo.

Além do reajuste salarial, os trabalhadores querem avanço de níveis no plano de carreira, correção no Auxílio Alimentação, alteração na jornada de trabalho e convocação de novos professores concursados.