A vereadora de Salvador, Maria Marighella (PT), justificou a ausência da chapa de Jerônimo Rodrigues (PT) e Geraldo Júnior (MDB) ao Governo da Bahia em postagens na sua rede social.
Eleita com o apoio de movimentos feministas, a pré-candidata à Câmara Federal valorizou a candidatura própria do ex-secretário de Educação, que atendeu à reivindicações da militância petista, mas lamentou a falta de mulheres na chapa.
A falta de menções aos pré-candidatos nas redes, segundo ela, é uma forma de "crítica" à campanha majoritariamente masculina.
"Nós reivindicamos uma candidatura própria e acho que fomos atendidas neste pleito, o ativismo, a militância que queria ter o seu nome, o PT conseguiu apresentar um nome legítimo", afirmou Marighella em entrevista ao programa Ligação Direta, da rádio Salvador FM, na manhã desta segunda-feira (23).
"Mas estamos falando de narrativa política […] uma das nossas agendas de luta é por outra cultura política. Para nós, comunicação é uma coisa muito séria, e é uma rede que tem muito cuidado com aquilo que a gente apresenta à população. Para mim, é muito ruim uma campanha que aparece com tantos homens", completou a edil, ressaltando a presença de mulheres nas suas publicações.
Maria Marighella explica que quando posta uma foto ao lado da ex-presidenta Dilma Roussef (PT), ela supera o número de interações de quando publica uma foto junto a Lula, por exemplo.
"É uma provocação ao meu partido, ao meu grupo político, a gente precisa criar a narrativa. Comunicação é poder, é afirmação de uma nova visão de mundo e minhas redes estão povoadas deste imaginário", emendou.