Uma denúncia que partiu de quatros vereadores da cidade de Mucugê, na Bahia, contra a prefeita da cidade, Ana Olímpia Hora Medrado, afirma que a gestora teve uma amnésia seletiva após assumir o cargo.
De acordo com Roque Herbert Novaes Silva, José Almeida Santos, Edson dos Anjos Silva e Francisco Ramalho Rangel, após muitos debates com a classe organizadora e um processo exaustivo, em 24 de setembro de 2012, a prefeita da cidade, antes candidata, lutou pelo Plano de Carreira, Cargos, Remuneração e Funções dos servidores do Magistério Público do Município de Mucugê, abandonando a luta logo que eleita.
Segundo eles, na época, Ana Olímpia – como oposição – tomou a frente da luta, inclusive fornecendo assessoria jurídica, se fazendo comparecer em reuniões, chegando a assinar termo de compromisso para efetivação do cumprimento do referido dispositivo legal, caso eleita fosse, contudo, uma vez eleita, sofreu uma amnésia seletiva, "esquecendo" de aplicar a lei de n°481/2012, deixando a classe do magistério municipal aflita, já que os mesmos afirmam não existir respeito à valorização e profissionalização dos seus servidores.
“Muito se falou nas pedaladas da presidente Dilma Rousseff, mas será que não existem pedaladas em outros governos estudais e municipais? Por que será que os Tribunais de Contas dos Estados e Municípios nunca trataram do assunto, já que na Bahia, em 2013, o deputado Marcos Medrado encaminhou ao Tribunal de Contas do Município (TCM) uma denúncia formulada pelos vereadores de Mucugê, dando conta das perversas pedaladas fiscais financeiras e criminosas praticada por esta prefeita?”, indagaram.
Os denunciantes contaram ainda que, em 2015, novamente os vereadores da cidade citada entregaram diretamente ao Ministério Público de Contas, as mesmas denúncias onde estas, até então, não foram julgadas: “Será que nada foi apurado? A denúncia é de 2013, pelo que vi se houve pedalada no Governo Federal foi para beneficiar os pobres. Já em Mucugê as pedaladas foram dadas em cima dos professores, pra não pagar o seus salários, cujo Plano de Carreira foi aprovado e regulamentado através da Lei de n° 481-2012 e até então nada”.
De acordo com os parlamentares, as pedaladas em cima dos professores já somam mais de quatro milhões de reais, sem qualquer tipo de resposta.
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