O Ministério Público Federal (MPF) instaurou, a pedido do senador Fabiano Contarato (Rede), uma investigação para apurar se o parlamentar foi vítima do crime de homofobia, equiparável juridicamente ao de racismo, diante de uma fala do empresário Otávio Fakhoury. A informação é da coluna de Lauro Jardim para o jornal O Globo.
Na quinta-feira (14), o senador reiterou, em ofício à procuradora da República Marina Selos Ferreira, do 5º Ofício do MPF, seu desejo de prosseguir com a representação criminal contra o empresário bolsonarista.
O caso veio à tona durante oitiva da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no fim de setembro, quando o parlamentar discursou diante de Fakhoury, então depoente. Contarato cobrou providências por parte da procuradoria e da Polícia Legislativa do Congresso diante da ofensa preconceituosa que declarou ter recebido e defendeu os direitos da população LGBTQIA+.
Nas redes, Fakhoury havia ironizado um erro de ortografia de Contarato (“estado fragancial” em vez de “flagrancial”) e provocado: “O delegado (Contarato), homossexual assumido, talvez estivesse pensando no perfume de alguma pessoa ali daquele plenário… Quem seria o ‘perfumado’ que lhe cativou?”. Na CPI, depois do discurso de Contarato, o empresário pediu desculpas.