Denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF), os deputados estaduais da Bahia Ângela Sousa e Carlos Ubaldino (ambos do PSD), “importaram” modelo de corrupção do estado de Minas Gerais – que faz fronteira com a Bahia. Recentemente, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) determinou a separação da denúncia contra os deputados estaduais.
“Ao conhecerem Kells Belarmino Mendes e o esquema criminoso por ele operado, os deputados estaduais Carlos Ubaldino e Ângela Maria Correa de Souza cooptaram prefeitos do interior da Bahia para aplicá-lo no estado, valendo-se de modus operandi idêntico ao praticado em Itaúna/MG, inicialmente no município de Itapicuru/BA14.
Em seguida, o esquema criminoso foi levado a pelo menos dezenove outros municípios baianos”, diz a denúncia assinada pelo procurador da República, Gabriel Pimenta Alves.
A afirmação está na nova denúncia apresentada pelo parquet contra dez pessoas em Ibirapitanga. O MPF argumenta que os dez, em consórcio criminoso, desviaram mais de R$ 800 mil. A denúncia foi originada a partir das investigações da Operação Águia de Haia e está relacionada ao pregão realizado em 2011 para contratação de serviços educacionais voltado a implantação e utilização de tecnologias de informação.
Águia de Haia – A operação apurou desvios de recursos públicos do Fundeb pelo gestor e por servidores do Município de Ruy Barbosa. As investigações revelaram tratar-se de um “esquema bem montado de desvio de dinheiro público e corrupção de agentes políticos e servidores públicos, que envolvia diversos outros municípios na Bahia”, segundo o MPF.
A operação teve suas investigações iniciadas pelo parquet federal e Polícia Federal em 2013, com o objetivo de apurar desvios de recursos da Educação no município de Ruy Barbosa (BA). As apurações iniciais revelaram tratar-se de um esquema de desvio de dinheiro público e corrupção de agentes políticos e servidores públicos, que envolvia diversos outros municípios na Bahia.
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