Política

Mourão minimiza motivação política em assassinato de petista: 'Gente que bebe e extravasa'

Segundo o general, apesar do caso ser 'lamentável', ele é recorrente e acontece normalmente quando se envolve bebida

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O vice-presidente Hamilton Mourão (PTB) fez um comentário lamentável sobre o assassinato de Marcelo Arruda, tesoureiro do PT, nesta segunda-feira (11). 

Segundo o general, apesar do caso ser 'lamentável', ele é recorrente e acontece normalmente quando se envolve bebida.

“Evento lamentável. Ocorre todo final de semana em todas as cidades do Brasil, de gente que provavelmente bebe e aí extravasa as coisas. Todas da área policial ali, um era guarda municipal, o outro era agente penal. Vejo de uma forma lamentável isso daí”, disse Mourão, apesar de testemunhas apontarem para crime de execução cometido pelo bolsonarista José da Rocha Guaranho.

Ele isentou o discurso de ódio propagado por Bolsonaro de qualquer responsabilidade ou influência no crime, e que por isso o caso não seria "preocupante".

“Não é preocupante. Não queira fazer exploração política disso daí. Vou repetir o que eu estou dizendo, e nós vamos fechar esse caixão. Para mim é um evento desses lamentáveis que ocorrem todo final de semana nas nossas cidades, de gente que briga e termina indo para o caminho de um matar o outro”, relativizou.

Marcelo Arruda comemorava o seu aniversário de 50 anos com uma festa com o tema do PT. Ele era tesoureiro do partido em Foz do Iguaçu, no Paraná. José foi até o local do evento e começou a gritar "Aqui é Bolsonaro". 

O guarda civil teria saído da festa e pedido para que o criminoso deixasse o local. Atendendo também ao apelo da esposa que estava no veículo, o policial penal foi embora, prometendo retornar.

Neste momento, Marcelo, preocupado com a promessa de José Guaranho, buscou a sua arma. Cerca de 15 minutos depois, o assassino volta invadindo a festa e disparando contra o petista, que consegue revidar no chão.

Após atingí-lo, Guaranho se dirige até Marcelo e o executa.

A Justiça do Paraná decretou prisão preventiva de José Guaranho, que no momento segue internado e em estado grave, sob custódia da polícia.