Após diversas tentativas de pré-candidaturas sem sucesso, o ex-juiz da operação Lava-Jato e ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, Sergio Moro (União-PR), está planejando uma coletiva de imprensa na próxima semana para anunciar o seu futuro na política. Os seus aliados afirmam que ele deve disputar uma vaga no Senado.
As especulações surgem após a análise da agenda que Moro tem mantido pelo Paraná digna de um Senador. No entanto, a coalizão da qual o União Brasil do estado paranaense faz parte, pode colocar obstáculos para a candidatura, pois o partido apoia a reeleição do governador Ratinho Júnior (PSD) e tem bolsonaristas no comando do diretório estadual, presidido pelo deputado federal Felipe Francischini, que é filho do deputado estadual Fernando Francischini (União), cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por divulgar notícias falsas nas eleições de 2018.
A vaga ao Senado na chapa de Ratinho Júnior é disputada por outras lideranças como o Podemos, que negocia apoio do governador à candidatura do senador Álvaro Dias, um dos responsáveis pela vinda de Moro para a política. O PL também reivindica a vaga para o deputado federal Paulo Eduardo Martins, como uma contrapartida ao apoio formal de Bolsonaro.
Os aliados de Moro estão confiantes e lembram que a saída está em uma decisão recente do TSE, que decidiu que partidos de uma mesma coligação podem lançar mais de um candidato ao Senado.
