"Entramos no ano sem saber se o presidente será o mesmo ao fim destes 12 meses. Este é o segundo ano em que temos essa dúvida inicial. O andamento da Lava-Jato e do processo no Tribunal Superior Eleitoral podem definir uma situação inédita no país que é um mesmo mandato com 'dupla vacância', como diz a Constituição. Esse é o ponto principal da incerteza política e econômica de 2017", diz a jornalista Miriam Leitão.
No artigo O ano da dúvida, a colunista Miriam Leitão afirma que não dá para saber se Michel Temer chegará ao fim de 2017 na presidência da República.
"Entramos no ano sem saber se o presidente será o mesmo ao fim destes 12 meses. Este é o segundo ano em que temos essa dúvida inicial. O andamento da Lava-Jato e do processo no Tribunal Superior Eleitoral podem definir uma situação inédita no país que é um mesmo mandato com 'dupla vacância', como diz a Constituição. Esse é o ponto principal da incerteza política e econômica de 2017", diz ela.
Em caso de queda de Temer, Miriam sugere eleição indireta, mas deixa a porta entreaberta para uma eventual mudança. "A ideia de um governante escolhido pelo atual Congresso parece intolerável do ponto de vista da opinião pública, mas é isso o que, até o momento, estabelece a Constituição para a dupla vacância na segunda metade do mandato."
(O Globo) (AF)