O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, viajou no jato da Força Aérea Brasileira (FAB) e solicitou diárias para acompanhar um leilão de cavalos de raça que chegam a valer até R$ 1 milhão.
O evento ocorreu em São Paulo, no dia 26 de janeiro, e Juscelino saiu de Brasília com o argumento no pedido da viagem e da hospedagem de que seria uma necessidade "urgente".
No dia 27, ele já tinha cumprido todos os compromissos oficiais e ficou livre na cidade, onde se dedicou às suas questões pessoais. Ele assessorou compradores de cavalos, recebe um prêmio dos vaqueiros e ainda inaugurou uma praça em homenagem a um animal de seu sócio.
Na agenda do ministro de Lula, contudo, não constava nenhum evento relacionado a cavalos. Juscelino recebeu quatro diárias e meio, no valor de R$ 3 mil, e viajou no jatinho da FAB.
Caso fosse uma aeronave particular, a estimativa, segundo informações do Estadão, é de que ele gastaria R$ 140 mil para ir e voltar.
Esta não é a primeira polêmica do ano envolvendo Juscelino, que foi reeleito deputado federal pelo União Brasil do Maranhão em 2022.
O Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA) apontou “controvérsia” e “incerteza” na prestação de contas da sua campanha no ano passado. Um dos gastos questionados é de R$ 385 mil, com uma empresa de táxi aéreo.
Caso o TSE reprove as contas de Juscelino, ele deverá ressarcir R$ 570 mil aos cofres públicos. Além dos R$ 385 mil com viagens de helicóptero, também são questionados outros R$ 185 mil com material gráfico. A despesa teria sido realizada após as eleições, o que é vedado. Esse tipo de processo não ameaça, no entanto, o mandato de deputado de Juscelino, uma vez que trata apenas da prestação de contas.