Política

Ministro da Educação admite priorizar pastores amigos de Bolsonaro em liberação de verbas

Em conversa divulgada nesta segunda-feira (21), ministro diz ainda que negociação foi feita a pedido de Bolsonaro

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Em gravação divulgada pela Folha de S. Paulo, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, admite priorizar pastores amigos do presidente Jair Bolsonaro, em um esquema informal de liberação de verbas na pela pasta. Na conversa, o ministro admite que esta é uma solicitação do próprio Bolsonaro.

"Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar", diz o ministro na conversa com outras duas lideranças religiosas.

Desde o ano passado, os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura negociam com prefeituras a obtenção de recursos do Governo Federal, que são administrados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), pasta subordinada ao MEC e controlada por políticos do Centrão.

Em outro trecho, Milton Ribeiro diz ainda que existe uma contrapartida para liberar recursos do ministério.

"Então o apoio que a gente pede não é segredo, isso pode ser [inaudível] é apoio sobre construção das igrejas", diz Milton. Até o momento, o ministro nem os pastores se manifestaram sobre o assunto.

O Governo Bolsonaro tem se destacado pelo menor investimento na área da educação da década, com progressivos cortes no setor.