Ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello anunciou o voto no presidente Jair Bolsonaro neste domingo (30).
De acordo com a Folha, ao se referir a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele justifica que, como ex-juiz, não pode "subscrever o nome de quem durante oito anos foi Presidente da República e teve o perfil político manchado pelos célebres casos Mensalão e Lava Jato".
Em um artigo enviado à imprensa, intitulado "Por que Bolsonaro?", Marco Aurélio afirma que, em 2002, "buscando alternância social", votou em Lula, assim como em 2006. Em 2018, diz ele, votou em Fernando Haddad (PT) para a Presidência.
À Folha, o ministro aposentado disse que escreveu o artigo "para explicar a sua guinada".
"Nestas eleições, anunciei que votaria em quem estivesse, nos levantamentos, em terceiro lugar. O voto foi, no primeiro turno, em Ciro Gomes, candidato que tão bem conhece, como poucos, as entranhas brasileiras", diz o ministro em seu artigo.
"A apuração desaguou na atualidade. Bolsonaro, na busca da reeleição, segundo colocado, e Lula em primeiro lugar, sem alcançar a maioria exigida constitucionalmente -metade mais um dos votos válidos."
Ele afirma que, devido à Lava Jato, Lula "veio a ser condenado a substancial pena de reclusão, executada em parte".