A ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, vem se articulando de forma intensa, nos bastidores, após o marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ter passado por uma cirurgia para reconstrução do intestino, no último domingo (13), no Hospital DF Star, em Brasília.
Na Câmara dos Deputados, de acordo com o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, Michelle procurou o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), e pediu que ele avisasse à bancada da sigla que as visitas a Bolsonaro estão proibidas neste momento.
Ao tomar conhecimento da mensagem, o parlamentar atendeu ao pedido e enviou uma mensagem no grupo da bancada do PL informando que, a pedido da família e dos médicos, o ex-presidente não poderia receber vistas no hospital DF Star, onde está internado.
Em entrevista coletiva na segunda-feira (14), após o procedimento cirúrgico, o médico Cláudio Birolini, responsável pela cirurgia de Bolsonaro, explicou que apenas familiares poderão visitar o ex-presidente.
“As visitas médicas são constantes, já que estamos de plantão o tempo todo. As de familiares estão liberadas. Conversei com a equipe e com a dona Michelle Bolsonaro para restringirmos ao máximo. O ex-presidente gosta muito de falar, conversar, mas a gente precisa deixar ele mais tranquilo em um ambiente reservado”, explicou Birolini.
“Michelle quis que um amigo dela fizesse a cirurgia”, afirmou médico que acompanha ex-presidente desde 2018
A cirurgia pela qual passou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve um fator que chamou a atenção: o médico que operou o liberal não Antônio Luiz Macedo, que acompanha quadro do ex-presidente desde a facada em 2018.
A escolha pela equipe do cirurgião Cláudio Birolini, para o procedimento, foi motivada pelo fato de o médico ser próximo de Michelle Bolsonaro.
“A dona Michelle quis que um amigo dela fizesse a cirurgia. Eu poderia operar, como fiz nas cirurgias anteriores, mas é o direito dela”, disse Macedo a CNN Brasil.
D”eixei o caso, agora tem outro médico e eu respeito. Só opino se for chamado novamente”, completou o especialista, que chegou a acompanhar Bolsonaro a distância entre sexta e sábado, durante o atendimento em Natal, no Rio Grande do Norte, mas acabou preterido durante a transferência do ex-presidente para o Distrito Federal.
Jair Bolsonaro (PL) segue na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital sem previsão de alta, mas com boa evolução clínica, segundo a equipe médica que o acompanha. A expectativa é a de que ele fique internado pelo menos mais duas semanas e enfrentar restrições no pós-operatório por um período de dois a três meses, conforme os médicos que fizeram sua cirurgia.