Política

Mesmo com apoio de cinco partidos, Lídice pode não ser candidata

A falta de comando do governo é apontada como razão para a indefinição da candidatura da senadora

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FO governador Rui Costa sinalizou apoio à Lídice da Mata, mas não ainda não teria assumido o comando das negociações (Foto: Mateus Pereira/ Divulgação)

 

Ainda sem uma decisão fechada, a candidatura da senadora Lídice da Mata (PSB) para a prefeitura de Salvador só poderá se concretizar se houver comando e definição de estratégia.

Pelo menos é assim que pensa a cúpula do PSB, entendendo que, com o histórico político da senadora, ela não pode ser apenas mais uma candidata, precisa ir para o enfrentamento fortalecida.

Apesar de o PT já ter decidido apoio à candidatura da senadora socialista e de o próprio governador Rui Costa (PT) sinalizado a mesma direção, a cúpula do PSB queixa-se da falta de comando e definição por parte de Costa que, tecnicamente, é o condutor natural do processo.

 “Pesquisas internas indicam que, entre as candidaturas postas, a mais viável é de Lídice, que aparece com 10% da preferência, contra 2% de Alice Portugal (PCdoB). No entanto, ainda está faltando esse comando”, queixa-se uma fonte socialista.

Apoios – Cinco legendas da base de sustentação do governo- PT, PSL, PTN, PP e PR – já manifestaram interesse em marchar com a senadora.

O PP e o PR devem amarrar o apoio em nova conversa com Lídice e direção do PSB. No entanto, as negociações ainda não avançaram por falta do comando e da estratégia a ser adotada pela base de oposição ao prefeito ACM Neto (DEM) que aparece, nas mesmas pesquisas, com mais de 40% da preferência do eleitorado.

Conforme fontes socialistas, a marca dessa campanha  é o confronto entre duas máquinas de governo e dois projetos para a cidade.

“Será o embate entre as administrações estadual e municipal, entre as intervenções estruturantes do governo na cidade e as obras de caráter social e turísticas que têm sido tocadas pela prefeitura”, diz uma dessas fontes, reconhecendo que o prefeito de Salvador assumiu, como lhe cabe o papel, a condução do processo sucessório em nível municipal.

“Ele está bem a nossa frente. Temos que lembrar que essa é uma campanha curta, são apenas 35 dias, precisamos agilizar essa definição. Neto já está com grande vantagem sobre nós, sua campanha está na rua há muito tempo”, alerta.

No entendimento de integrantes da cúpula do PSB,  é preciso traçar as coordenadas de como a campanha vai ser tocada, se será uma candidatura única ou a pulverização.

Se for a pulverização, para que o resultado seja eficaz, tem que haver não apenas duas candidaturas – Lídice e Alice, por exemplo -, mas pelo menos mais duas. Com o PP na aliança com Lídice, Cláudio Silva sai disputa. Resta Com a candidatura de sargento Isidório (PDT), com apoio do PROS.

A leitura é que o governador Rui Costa precisa decidir se assume ou não o comando. Ou delegar essa função a outro articulador da base governista, a exemplo de Jaques Wagner que estaria entrando em campo, não se sabe se para assumir a coordenação.

 “O certo é que, enquanto o quadro for este, sem definição, Lídice não entrará na disputa”, diz fonte socialista, admitindo que a senadora pode não vir a ser candidata.

(Bahia.ba/Ivana Braga) (AF)