O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) André Mendonça negou a continuidade de cinco ações que pediam investigações sobre a conduta do presidente Jair Bolsonaro (PL) no episódio em que o candidato à reeleição afirmou que "pintou um clima" com adolescentes venezuelanas, que, na visão de Bolsonaro, estariam se arrumando para "ganhar a vida".
Segundo Mendonça, as ações não apresentaram "documentos ou qualquer indício ou meio de prova minimamente aceitável que noticie ou demonstre eventual ocorrência de práticas ilícitas".
De acordo com o UOL, o ministro, que chegou ao STF por indicação de Bolsonaro, afirmou ainda que o "Poder Judiciário não pode ser instrumentalizado pelas disputas político-partidárias ou mesmo ideológicas".
"Diante de tal panorama, outra conclusão não remanesce, como se vê, senão a de que, por absoluto, não há elementos probatórios suficientes (justa causa) para autorizar a deflagração da persecução criminal", escreveu Mendonça em seu despacho, publicado nesta terça-feira (25).
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi um dos que enviou ao STF um pedido para investigar "prováveis crimes" cometidos por Bolsonaro no encontro com as adolescentes.