Após sofrer uma queda no banheiro dentro do Palácio da Alvorada, na noite do último sábado (19), e ser encaminhado para um hospital de Brasília, onde passou por exames após registrar ferimento na cabeça, o presidente Lula (PT) deve repetir, pelo menos nas próximas 72 horas, os mesmos exames realizados para verificar se não há sangramento ou edema na região atrás do crânio.
Esse pelo menos é o protocolo padrão nesses casos, de acordo com médicos ouvidos pela Folha. À publicação, o neurocirurgião Luiz Severo, especialista em dor, diz que, de acordo com informações disponíveis, o presidente teve um traumatismo cranioencefálico leve.
Segundo ele, o termo “ferimento corto-contuso”, indica também que, além do traumatismo, o presidente sofreu uma contusão cerebral – lesão na superfície do encéfalo em que acontecem pequenos sangramentos. O especialista explica que esse risco é maior em pacientes idosos pela própria fragilidade dos tecidos e dos vasos sanguíneos. O presidente Lula tem 78 anos.
Ainda conforme Luiz Severo, as primeiras 72 horas são as mais críticas para o risco de edema no cérebro. Desta forma, a recomendação é a repouso, hidratação e monitoramento.
Por causa do acidente, Lula foi orientado, após avaliação da equipe médica, a evitar viagem aérea de longa distância, podendo exercer suas demais atividades. Um voo do Brasil até a Rússia, onde participaria da reunião de cúpula do Brics, pode durar 17 horas.
