Política

Marta Rodrigues crítica medidas tomadas por Bruno Reis sobre vacinação infantil

A vereadora critica burocracia na vacinação de crianças e diz ser absurdo não exigir comprovante de alunos no retorno às aulas da rede municipal: “prefeito coloca todos em risco diante do aumento de casos”

Divulgação/Câmara Municipal de Salvador
Divulgação/Câmara Municipal de Salvador

A vereadora do PT, Marta Rodrigues, saiu em defesa dos professores e educadores da rede pública municipal, neste sábado (22), e disse que a decisão da prefeitura de não exigir o comprovante de vacinação para os estudantes é um grande equívoco e coloca todos em risco, principalmente as crianças em situação de vulnerabilidade social. 

A petista também cobrou, através de ofício ao executivo municipal, explicações baseadas na Lei de Proteção de Dados a respeito da cobrança de cópias de documentos de crianças e dos responsáveis no momento da vacina. 

“São duas questões problemáticas aí. Por um lado, o pedido de cópias de documentos de crianças e responsáveis é um fator que pode dificultar o processo e criar resistência exatamente no período de retorno às aulas presenciais. Isto não está ocorrendo em outras capitais e não sabemos o porquê disso em Salvador. E por outro lado, permitir que o retorno aconteça sem a comprovação coloca todos em risco e soa como se o prefeito colocasse em dúvida a importância da vacinação. Estamos diante de uma disparada de casos por causa da Ômicron e com enfermarias pediátricas com alta taxa de ocupação”, disse 

A petista também disse que os dados da Sesab coletados até a última sexta-feira (21) apontam que a taxa de ocupação das UTIs pediátricas é de 85% e de enfermarias pediátricas de 77%. Para a vereadora, a  prefeitura parece não entender que a vacina é a arma contra a pandemia e o comprovante é a garantia da proteção de todos.  

“A decisão de não pedir a vacinação dos alunos é muito equivocada. A gestão municipal precisa, junto com a secretaria municipal de saúde, traçar estratégias para vacinar todos os matriculados. Não se trata de proibir estudante de entrar na sala de aula, mas de fazer com que ele entre em segurança, para si, para seus familiares e para toda a rede de trabalhadores. Deve-se fazer busca ativa dos estudantes matriculados ainda não vacinados e incentivar, orientar e conduzir para a vacinação aqueles que chegarem às unidades escolares sem o comprovante”, declarou. 

A vereadora do PT fez coro as notas públicas do Sinpro-BA e da APLB, que pedem à prefeitura informações sobre quais os protocolos de segurança para o retorno das aulas, como materiais de proteção, distanciamento e estrutura adequada para higienização. 
 
“O prefeito age como se estivesse tudo sob controle, quando não está. È urgente que se defina essas estratégias de vacinação completa, que os educadores saibam como agir quando uma criança apresentar sintomas, realizar campanhas e, principalmente, facilitar a imunização dessas crianças e adolescentes, ao invés de dificultar”, disse.