Em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a marqueteira Mônica Moura complicou a situação do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega.
Ela contou ao relator do processo de cassação da chapa Dilma-Temer, ministro Herman Benjamin, que numa terceira reunião para definir o pagamento da campanha, acertou que parte do dinheiro destinado ao marqueteiro João Santana seria de caixa 2. E que esse valor pago por fora seria tratado diretamente por ele.
Na conversa, que segundo o relato também teve a participação do atual prefeito de Araraquara, Edinho Silva, que teria “uma parte por dentro e outra por fora”.
Foi nesse depoimento que Mônica Moura disse que o acerto total foi de R$ 105 milhões: R$ 70 milhões pelo caixa oficial e outros R$ 35 milhões pelo caixa 2. A defesa de Guido Mantega tem negado as acusações que citam o ex-ministro da Fazenda.
Segundo o relato de Mônica, Mantega disse na reunião que a “parte por dentro trate logo com Edinho”, então tesoureiro da campanha. “A parte por fora ele me encaminhou para conversar com a Odebrecht”, disse. Mônica ressaltou que “j[á tinha contato lá dentro” com o pessoal da Odebrecht.
(G1) (AF)