A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), disse que apesar de divergências, está disposta a dialogar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo ela, derrotar Jair Bolsonaro (PL) na eleição de outubro é “um imperativo ético, um ato de legítima defesa da civilização, da democracia e do respeito à dignidade humana”.
Em entrevista ao jornal O Globo neste domingo (13), Marina declarou estar “disposta a conversar no campo da democracia”. A ex-ministra e Lula se afastaram depois que ela deixou o governo do petista, em 2008.
“Estou disposta a conversar no campo da democracia. Não é só em relação ao Lula ou ao Ciro. É em relação a qualquer pessoa que tem consciência do desafio que está posto diante do país. A resposta está entre nós”, declarou a ex-ministra, que pode ser candidata à Câmara dos Deputados.
Apesar disso, ela ressaltou que o partido precisa fazer uma autocrítica.
“São de interesse público as questões que eu acho que o PT tem que reconhecer, no sentido de fazer uma autocrítica. Tem a ver com a ideia de uso de violência política, de fake news, de abuso dos poderes político e econômico como estratégia de aniquilação de adversário. Da minha parte, não tenho nada pessoalmente contra Lula. Tenho divergências políticas. São questões concretas, que podem, sim, ser conversadas”, disse.