Política

Maragogipe: em meio a ameaças, vereadores denunciam abandono de obras no município

Além disso, o grupo relata dificuldades em trabalhar por conta de uma mobilização que estaria sendo feita

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[Maragogipe: em meio a ameaças, vereadores denunciam abandono de obras no município]

Sete vereadores oposicionistas em Maragogipe, no reconcâvo baiano, denunciam uma série de obras abandonadas no município pela gestão da prefeita Vera da Saúde. Além disso, o grupo relata dificuldades em trabalhar por conta de uma mobilização que estaria sendo feita por ocupantes de cargos comissionados na prefeitura. 

"Estamos passando um momento difícil no munícipio, onde funcionários da prefeitura vão para a Câmara fazer algazarra. Impedem a fala dos vereadores, um direito do cidadão. Estamos passando constrangimento no município", relata o vereador Renatinho do Coqueiro (PSC), que atribui a organização dos atos à prefeita da cidade. “Os vereadores de situação são aplaudidos na hora que falam. Quando é a nossa vez, somos impedidos com gritarias, palavrões, somos agredidos com palavras indecentes”, relata. 

O legislador também afirma que a gestora não atende a indicações dos vereadores e cobra resolução de problemas simples, como revitalização de praias e reformas de campos de futebol. "A prefeitura de Maragogipe precisa tomar providências para que as comunidades de Coqueiro e Nagé tenham o direito usar o seu aparelho de celular. As comunidades estão ilhadas sem ter como fazer uma ligação telefônica", brada Renatinho. 

Um ofício assinado pelos sete vereadores oposicionistas foi entregue à Embasa pedindo tratamento de água para a comunidade rural de Capanema. “A população maragogipana passou dificuldades em 2013 com a falta de água. Temos uma represa na localidade de Capanema, que desde 1971, quando foi construída, não passou por uma revitalização”, relata Renatinho, que cobra ainda reforma nos campos de futebol das localidades de Coqueiros e de Nagé.

O vereador Fernandinho de São Roque (PSD) questiona a paralisação de obras no município. "No Colégio Mário Gordilho, foram feitas duas licitações para o mesmo objeto. Um conjunto habitacional do programa Minha Casa Minha Vida foi projetado para ter 50 unidades, mas apenas oito foram construídas e estão abandonadas. O descaso é muito grande”, resume Fernandinho, que aponta ainda a necessidade de asfaltamento de um trecho que liga a Enseada de Paraguaçu a uma rodovia próxima. “Em nenhum momento ela atende indicação de vereadores. Fizemos o pedido diversas vezes, mas ela simplesmente se dá por esquecida”, engrossa o coro.

Da redação com informações do Bocao News // AO