O deputado Ricardo Barros, durante sessão na Câmara Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
A articulação para manter o veto presidencial que congelou salários de servidores, nesta quinta-feira, contou com empenho inédito do governo e serviu como o primeiro teste de Ricardo Barros (PP-PR), novo líder do governo na Câmara dos Deputados.
Com dezenas de telefonemas, militância virtual, reuniões e pedidos para que deputados estivessem presentes na votação, o Executivo conseguiu sua primeira vitória expressiva neste ano.
Após sofrer uma derrota inesperada no Senado com a derrubada do veto, integrantes do Palácio e da equipe econômica entraram em contato com dezenas de deputados desde a madrugada desta quinta-feira e estavam prontos para tentar adiar a votação caso não houvesse acordo para manter o veto.
Na sessão, porém, a nova "base" deu a primeira demonstração de força política ao Palácio do Planalto, mantendo o veto por 316 votos a 165. Dessa forma, os salários de servidores federais, estaduais e municipais ficam congelados até o fim do ano que vem
O Ministério da Economia calcula que o veto permitirá um alívio de R$ 132 bilhões nas contas da União, estados e municípios.
Depois da derrota no Senado, Paulo Guedes classificou como "um crime contra o país" a decisão de derrubar o veto do presidente, o que abriu uma crise entre os senadores.
Já está pronto um requerimento do líder do PP senador Esperidião Amin (SC) convidando o ministro a dar explicações sobre a sua frase, que será o primeiro item da pauta do Senado.
O Globo//Figueiredo