Política

Mais de 60 prefeitos fugiram da reeleição

Segundo a presidente da UPB, Maria Quitéria (PSB), também prefeita de Cardeal da Silva, muitos dos que desistiram são pessoas de idoneidade largamente comprovada

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Uma pesquisa feita pela União dos Municípios da Bahia (UPB) no início de julho, antes do início das convenções partidárias, revelou que, entre os prefeitos dos 417 municípios baianos, 111 (27%) são reeleitos e 311 (73%) em primeiro mandato, portanto, aptos a disputar a reeleição. Mas surpreendentemente, 62 (20%), um número alto, já tinham decidido não disputar a reeleição e outros 19 ainda avaliavam a situação.

Por que tanta gente desistiu?

Segundo a presidente da UPB, Maria Quitéria (PSB), também prefeita de Cardeal da Silva, muitos dos que desistiram são pessoas de idoneidade largamente comprovada. E fugiram da briga por desencanto:

– A questão-chave é a criminalização dos prefeitos. A lei estabelece índices de aplicação de recursos, limita gastos com pessoal, mas os repasses oscilam, nos últimos tempos, sempre para baixo. Aí, as contas são rejeitadas por quem não praticou nenhum ilícito e todos são jogados na vala comum (a dos corruptos).

Quitéria diz que a coisa é bem pior: muitos não só decidiram não se candidatar, mas também sair da política.

E aí, não disse ela, mas digo eu, abre espaço para quem não liga para a moral.

Milhões em caixa — Entre os que desistiram está o advogado Heráclito Arandas, de Jaguaripe. Ele está recebendo uma bolada de R$ 12 milhões de uma causa que ganhou do Fundeb e vai deixar para o sucessor:

– Já dei minha contribuição.

(A Tarde/Tempo Presente) (AF)