O clima tenso entre Michel Temer e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ganhou um novo capítulo neste domingo, 15 ,com a troca de farpas entre o deputado e o advogado de Temer, no caso do processo da denúncia da PGR que tramita na CCJ, Eduardo Pizarro Carnelós.
Maia afirmou neste domingo 15 à Folha de S.Paulo ter se sentido agredido por Carnelós, depois que o advogado disse, neste sábado 14, que o vazamento do depoimento de Lúcio Funaro era "criminoso". Em nota, o advogado afirmou ser "evidente que o criminoso vazamento foi produzido por quem pretende insistir na criação de grave crise política no país".
Os vídeos, porém, também haviam sido publicados no site da Câmara, pois, segundo Maia, não estavam sob sigilo. Hoje o advogado disse não saber que os vídeos também estavam publicados no site da Câmara e ressaltou que "jamais quis imputar crime a Rodrigo Maia".
Maia chamou Carnelós de "incompetente e irresponsável" e informou que o advogado será "processado pelos servidores da Câmara". Maia disse ainda que era "uma pena o presidente do Brasil constituir este advogado na sua defesa".
De acordo com o site Poder360, a assessoria do gabinete do ministro Edson Fachin, do STF, afirmou que o conteúdo da delação premiada de Lúcio Funaro não poderia ter sido divulgado pela Câmara. O único documento liberado do sigilo foi a inicial da denúncia.
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