Responsável pela fiscalização de movimentações financeiras atípicas, o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) ficará subordinado ao Ministério da Fazenda, a ser chefiado por Fernando Haddad.
Hoje, o órgão está sob o guarda-chuva do Banco Central. Mas, segundo interlocutores, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), decidiu por sua transferência para a Fazenda.
Antes do governo de Jair Bolsonaro (PL), o Coaf era vinculado ao Ministério da Fazenda. No início da gestão, foi transferido para a pasta da Justiça, em atendimento a um pedido de Sergio Moro.
Em uma reação do Congresso, a comissão mista que analisava as mudanças ministeriais de Bolsonaro devolveu o conselho ao Ministério da Economia, o que representou uma derrota para Moro.
O governo Bolsonaro não tentou reverter a decisão. Depois, o conselho passou à alçada do BC, que é independente.
O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, chegou a afirmar que se cogitou a transferência para a pasta que comandará. Mas a decisão de Lula foi para que volte a ser subordinado à Fazenda.