ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta segunda-feira (24) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que diversas citações a seu nome na delação da Odebrecht não sejam enviadas para as investigações da Operação Lava Jato no Paraná conduzidas pelo juiz Sergio Moro, mas sim para a Justiça Federal em São Paulo ou em Brasília.
Para a defesa do petista, vários relatos sobre ele feitos por ex-executivos da empresa não se relacionam diretamente aos desvios na Petrobras e por isso devem ser remetidos a outros juízes da primeira instância.
Os advogados mencionaram, por exemplo, narrativas sobre a suposta participação do ex-presidente em conversas sobre a privatização do setor petroquímico, que beneficiou a Braskem, pertencente à Odebrecht. Há ainda relatos sobre influência de Lula para expansão da linha de crédito em Angola em favor da Odebrecht
Em contrapartida e a pedido de Lula, a empresa teria feito doações à campanha eleitoral de El Salvador; ajudado na aquisição de um terreno para o instituto do ex-presidente; e ainda a participação da empresa na construção do estádio Itaquerão, em São Paulo.
No total, a defesa apresentou oito pedidos do tipo ao STF, relativos, cada um, a uma linha de investigação remetida ao Paraná. Lula também é mencionado por ex-executivos da Odebrecht em relatos sobre sua suposta em pedidos de propina ao PT por licitação envolvendo a Sete Brasil, empresa fornecedora de sondas à Petrobras.
(G1) (AF)