Política

Lula quer debate com Congresso e STF sobre regulação da 'imprensa digital'

Presidente Lula deu entrevista a rádios de Salvador nesta quinta-feira (6); ele minimizou liderança em pesquisas divulgadas recentemente

Lula quer debate com Congresso e STF sobre regulação da 'imprensa digital'
Foto: Ricardo Stuckert/PT

O presidente Lula (PT) quer um debate com o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) para falar sobre a regulação do que chamou de “imprensa digital”. Ao citar a discussão, ele fez um paralelo com que o acontece na imprensa escrita quando “o cidadão falou uma bobagem e é punido”, diferente do que ocorrer, por exemplo, em meio eletrônico.

“Nós precisamos regular essa chamada imprensa digital. Não é possível que em uma imprensa escrita, o cidadão falou uma bobagem e é punido. Tem lei para isso. No digital, não tem lei”, disse Lula às rádios Metrópole e Sociedade, de Salvador, em entrevista nesta quinta-feira (6).

“Os caras acham que podem fazer o que quiser, xingar, provocar, incentivar morte, promiscuidade. E não tem nada para punir. Não é possível que um cidadão ache que possa interferir na cultura de outros países”, completou o mandatário.

Na ocasião, o chefe do Executivo federal disse entender que todo mundo tem direito à liberdade de expressão, mas que os meios de comunicação não poderia ser utilizados para “mentir todo santo dia”.

“Nosso Congresso tem responsabilidade e vai ter que colocar isso para regular, se não for o caso, a Suprema Corte vai ter que regular […] É preciso que haja seriedade. Defendo a regulação com a participação da sociedade, porque ninguém quer proibir a liberdade de expressão. Quanto mais liberdade, mais responsabilidade”, avisou o presidente.

Lula minimiza liderança em pesquisas

Ainda na entrevista, o presidente minimizou as últimas pesquisas de intenção de voto, ao Palácio do Planalto, que o colocam na primeira colocação em diferentes cenários. De acordo com Lula, esses levantamentos não podem ser levados “tão a sério” agora, ainda faltando mais de um ano e meio para o pleito de 2026.

“Temos de dar tempo ao tempo. Pesquisa começa a fazer efeito quando a campanha começa, as pessoas vão para a rua, fazem debate. O resto é estatística que a gente tem que respeitar, mas a gente não pode levar tão a sério, nem quando ganha, nem quando perde”, pontuou.