A defesa do ex-presidente Lula pediu à Jutiça uma liberação para que ele possa ir ao velório do irmão, Genival Inácio da Silva, de 79 anos, conhecido como Vavá, que morreu na manhã desta terça-feira (29). O velório acontece ainda nesta terça-feira, e o sepultamento será feito na quarta-feira pela manhã. A previsão é que o pedido seja atendido, mas a juíza Carolina Lebbos, responsável pela execução penal, ainda não se manifestou.
A solicitação tem base no artigo 120 da lei 7.210/84. O texto fala que "os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semi-aberto e os presos provisórios poderão obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão".
Genival Inácio da Silva, o Vavá, tinha 79 anos e enfrentou diversos problemas de saúde nos últimos anos, chegando a ter sua perna esquerda amputada. Vavá, que viveu na mesma casa por mais de 40 anos, também foi metalúrgico em São Bernardo do Campo.
Em nota, o Instituto Lula destaca que Genival "também sofreu com a injustiça direcionada a Lula". "Em 2005, ele foi acusado injustamente pela Polícia Federal de montar um escritório de lobby para empresários. Na época, a PF invadiu sua casa, juntou documentos e não encontrou nada que provasse a denúncia", destaca a entidade, no texto.
"Nossos sentimentos à família. Abraço afetuoso e de força a Lula. Esperamos que ele, preso injustamente, tenha o direito de ver Vavá pela última vez, como em 1980, na ditadura, quando saiu da prisão para se despedir de Dona Lindu, sua mãe", completa a mensagem.
Bnews // AO