Política

Lula diz que vai pedir a ONU para que COP seja sediada na Amazônia em 2025

Presidente eleito leu a carta dos governadores da Amazônia Legal e firmou compromissos

Twitter/MídiaNinja
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Aguardado pela imprensa e pelo público presente na COP27, no Egito, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (16) que vai pedir à ONU para que o Brasil sedie o evento em 2025, na Amazônia.

A sinalização foi feita em aceno ao pedido do governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB). O petista confirmou que tratará do assunto com o secretário-geral da ONU.

"Se a Amazônia tem o significado que tem para o planeta Terra, se tem a importância que todos vocês dizem que tem, que todos os cientistas dizem que tem, nós não temos que medir esforços para afirmar que uma árvore em pé vale mais do que uma árvore derrubada", afirmou também, em evento no estande de governadores da Amazônia Legal.

O petista leu a carta feita pelos governadores da região, reafirmando compromisso com a preservação, mas também pedindo que tenham preservada a autonomia conquistada nos últimos anos.

"Os estados da Amazônia alcançaram um nível de capacidade de relacionamento com organismos internacionais, com a sociedade civil, com instituições financeiras e até mesmo entre si que deve ser incentivado não pode mais retroceder", salientam.

Após a leitura, Lula concordou com o conteúdo e se colocou à disposição para assinar a carta, sinalizando que pretende retomar uma boa relação do governo federal com os governos estaduais.

"Eu só queria que os governadores levassem em conta que eu assinaria esse documento de vocês sem nenhum problema porque é mais do que justo que nós recuperemos a aliança entre as unidades federativas para que o governo federal governe em comum acordo com os governadores, e mais ainda que o governo federal volte a governar em acordo com os prefeitos", afirmou.

Lula ainda deve fazer um pronunciamento oficial no salão da ONU nesta quarta-feira. Nesta quinta-feira (17) ele tem encontro com representantes da sociedade civil na manhã, e pela tarde participa do Fórum Internacional dos Povos Indígenas/Fórum dos Povos sobre Mudança Climática.