O ex-presidente Lula acusou o presidente Jair Bolsonaro (PL) de fingir desconfiar das urnas eletrônicas para justificar o medo de ser rejeitado pelo povo brasileiro na eleição deste ano. Em discurso na Arena Fonte Nova, em Salvador, logo após participar do cortejo de Dois de Julho, o petista pediu que a população não se sensibilizasse com o "terrorismo" promovido por Bolsonaro, nem acreditasse nas ameaças de golpe de Estado.
"Não aceite o terrorismo, não acredite no terrorismo na televisão que vai ter golpe, ele está querendo criar caso. Esse cidadão foi eleito pelo voto eletrônico em 1998, 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018, e agora vem dizer que desconfia da urna eletrônica?", questionou.
Segundo Lula, o motivo é outro: "Na verdade, ele está desconfiando é do povo brasileiro, que não vai votar nele e vai derrotar ele".
Nesta sexta-feira (1°), em entrevista à rádio Metróple, o ex-presidente disse não se importar em governar com algum governador na Bahia, seja ele de 'esquerda, centro ou direita', e não fez menções ao pré-candidato petista, Jerônimo Rodrigues. O assunto se tornou um incômodo nos bastidores e o grupo adversário, do ex-prefeito ACM Neto (UB), aproveitou para capitalizar com o assunto nas redes sociais.
No encontro deste sábado (2), entretanto, Lula já no fim do discurso avisou que tem o seu candidato na Bahia e ergueu a mão do ex-secretário de Educação.
"A gente não pode falar em eleição, em número, em nada, mas quero que vocês saibam que na Bahia eu tenho um candidato, e ele é Jerônimo. O povo baiano, junto com o povo brasileiro, a gente vai derrotar o ódio e trazer o amor", declarou.