Política

Lula critica previsão econômica do FMI sobre o Brasil e chama diretora de órgão de 'mulherzinha'

Presidente Lula (PT) reagiu a projeções econômicas e usou termo pejorativo a se referir a diretora do FMI

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Lula (PT) chamou a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, de “mulherzinha”, ao recordar um encontro que teve com ela em 2023, durante a cúpula do G7 em Hiroshima, no Japão.

A fala de Lula ocorreu em discurso durante abertura de um evento internacional da indústria da construção, em São Paulo, na última terça-feira (8). Segundo ele, Georgieva teria afirmado que o Brasil cresceria apenas 0,8% naquele ano.

“E lá [em Hiroshima], eu encontro uma mulherzinha, sabe, presidente do FMI, diretora-geral do FMI, que nem me conhecia. ‘Presidente Lula, o Brasil só vai crescer 0,8%’. Eu falei: ‘Você nem me conhece, eu não te conheço. Como você fala isso?’. E a resposta veio no final do ano: o Brasil cresceu 3,2%”, disse Lula.

A fala do presidente repercutiu imediatamente nas redes sociais, gerando críticas ao tom considerado machista e diplomaticamente inadequado.

Críticas de Lula a economistas

No mesmo evento, Lula também disparou contra economistas e analistas que, segundo ele, fazem previsões negativas sobre o país.

“Está cheio de especialista nesse país; não tem um especialista para dar um palpite bom, é só para dizer desgraça”, afirmou. O petista criticou as previsões de crescimento modesto para a economia brasileira em 2024 e afirmou que os mesmos analistas erraram no ano anterior.

A declaração também ocorre enquanto o governo busca reverter um quadro de estagnação na popularidade, com a economia no centro das estratégias para recuperar a confiança da classe média e manter a base política unificada em direção às eleições de 2026.

Deputado bolsonarista diz desejar a morte de Lula

O deputado federal bolsonarista Gilvan da Federal (PL-ES) afirmou desejar a morte do presidente Lula (PT), durante sessão da Comissão de Segurança Pública, na Câmara, em Brasília, na última terça-feira (8).

A declaração do liberal ocorreu quando ele falava sobre o plano de assassinato de Lula, do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em 2022.

O plano foi descrito em denúncia oferecida pela PGR contra acusados de tentativa de golpe de Estado, em fevereiro deste ano. Ao falar sobre a ausência de provas no caso, Gilvan disparou:

“Por mim, eu quero mais é que o Lula morra! Eu quero que ele vá para o quinto dos infernos! É um direito meu. Não vou dizer que vou matar o cara, mas quero que ele morra! Quero que vá para o quinto dos infernos, porque nem o diabo quer o Lula. É por isso que ele está vivendo aí. Superou o câncer… tomara que tenha um ataque cardíaco”, iniciou.