O presidente Lula (PT) cobrou seus ministros nesta segunda-feira (18) para que saiam em defesa do governo federal e não apenas de suas próprias áreas e ações. O mandatário pediu "transversalidade" da sua equipe para rebater as críticas e divulgar as medidas do governo, além de mais viagens aos seus ministros e maior presença em redes sociais, para que expliquem as ações da gestão petista. As informações são da Folha de S. Paulo.
A cobrança foi feita durante reunião com todos os ministros no Palácio do Planalto. O encontro acontece em meio à elevação da pressão por mais resultados, após a queda na sua popularidade.
Pesquisa divulgada pelo Ipec no início do mês mostrou piora nos índices de aprovação de Lula. Consideram a administração ótima ou boa 33%, ante 38% na pesquisa anterior, realizada em dezembro de 2023. Outros 33% avaliam a gestão regular, e 32% veem como ruim ou péssima, uma oscilação positiva de dois pontos em relação aos dados anteriores.
Lula então teria afirmado que é preciso "transversalidade" na defesa das ações do governo. Disse que cada um é ministro de uma determinada área, mas que todos são integrantes do governo federal e por isso têm responsabilidade em defendê-lo.
O governo Lula busca sinalizar que suas ações não estão chegando ao conhecimento da população, evitando reconhecer que as críticas podem ser feitas à própria maneira de governar e a ações que ainda não produzem resultado.
O presidente então teria pedido, fazendo coro ao ministro Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social), que os ministros usem mais as redes sociais para explicar as ações do governo para o público. E também pediu que os titulares do seu governo viajem mais para divulgar os programas e feitos.
Após o encontro, o ministro Rui Costa (Casa Civil), afirmou que Lula também pediu que os ministros revisitem programas e ações já lançadas, para verificar o andamento delas e também evitar que caiam no esquecimento.
"O presidente pediu para que cada ministro procure revisitar tudo o que lançou. Ele não quer ver anunciando novos programas, novas ações, mas concretizar o que foi lançado. Já tem um portfólio robusto. Tem que agregar em indicadores que sejam compreendidos pela população", afirmou o ministro.