Política

Luiza Maia critica músicas de carnaval que sexualizam as mulheres: ‘Fico revoltada’ 

“É muito explícito e desmoralizante, nem tenho acompanhado direito, quando apresentei o projeto eu via cada coisa horrorosa. Tinha música que eu nem tinha coragem de ouvir toda. Expressões muito chulas. Eu estou um pouco fora do assunto, mas a gente tem visto pelas ruas”, disse.

Divulgação
Divulgação

Ex-deputada estadual e autora da Lei Antibaixaria, que proíbe a contratação com dinheiro público de bandas que cantem músicas que atentem contra a dignidade das mulheres, Luiza Maia (PT) disse estar “revoltada”  com as canções que estão “bombando” esse ano. 

“É muito explícito e desmoralizante, nem tenho acompanhado direito, quando apresentei o projeto eu via cada coisa horrorosa. Tinha música que eu nem tinha coragem de ouvir toda. Expressões muito chulas. Eu estou um pouco fora do assunto, mas a gente tem visto pelas ruas”, disse, à Salvador FM.

A petista ressaltou o caráter negativo das músicas que tratam da sexualização das mulheres. “Essa questão do sexo é uma forma agressiva de reduzir a sexualidade da mulher a uma coisa que nem animal… eu vejo os passarinhos se beijando, os sapinhos se tratando bem no meu sítio. É sempre uma coisa de desmoralizar, de colocar as mulheres como coisa descartável. Não se tem o menor respeito à sexualidade da mulher”, atestou.

Sancionada em 2012 pelo então governador Jaques Wagner (PT), a Lei Antibaixaria, tem por finalidade coibir a Administração Pública de contratar artistas que contenha em seus repertórios músicas que desvalorizem, incentive a violência ou exponham às mulheres a situação de constrangimento, e manifestações de homofobia ou discriminação racial, bem assim apologia ao uso de drogas ilícitas.