A deputada estadual, Ludmilla Fiscina, respondeu às críticas feitas pela Câmara Municipal de Salvador (CMS) após os constantes episódios envolvendo os vereadores Henrique Carballal (PDT) e Laina Crisóstomo (PSOL), titular do mandato coletivo Pretas Por Salvador.
Na semana passada, deputadas que fazem parte da Comissão da Mulher na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), receberam a edil psolista que, durante reunião, apontou mais uma vez ter sido vítima de violência política.
Naquela oportunidade, Ludmilla sugeriu uma “comissão” para fiscalizar a CMS, o que acabou gerando reações. Na segunda-feira (10), antes do fim do expediente na CMS, o presidente em exercício da Mesa Diretora, vereador Ricardo Almeida (PSC), leu uma carta em que sugeriu “rebater” a inspeção. De acordo com ele, o texto foi aprovado pelo presidente do Legislativo soteropolitano, Carlos Muniz (PTB).
“Se compararmos a ALBA com a Câmara, estamos muito à frente. Aqui o assessor pode ficar no plenário, lá não. Mas nunca fizemos reunião por isso. Propuseram um tour aqui. Serão bem vindas, convido a vereadora Laina para irmos à AL-BA, entrarmos no plenário, discutirmos os projetos. Vamos nos reunir para ir ao CAB, exercer nossa democracia no plenário. Uma sessão conjunta municipal e estadual, já que lá pode tudo”, ironizou.
“Gostaria de esclarecer que, na reunião, sugerimos criar uma comissão itinerante para visitar, acompanhar e fortalecer o trabalho das mulheres em diversos espaços, como as delegacias da mulher e os Neams, sempre respeitando a independência das instituições. Pelo que foi relatado pela vereadora Laina no colegiado, mencionamos começar esta visita pela Câmara de Salvador, mas em nenhum momento sugerimos ou tivemos o intuito de inspecionar ou fiscalizar a Casa Legislativa soteropolitana", respondeu Ludmilla.
"Inclusive, nesta comissão, também queremos a participação da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) e de outras lideranças femininas que militam nesta causa. Ao longo de toda a minha trajetória pública, sempre defendi o ambiente democrático, com respeito às instituições, à independência e autonomia dos poderes”, completou a parlamentar.