O ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB) avaliou como precipitadas as discussões sobre a formação da chapa majoritária para as eleições de 2026. Ele afirmou que as movimentações de agora, ainda faltando mais de um ano para o pleito, prejudicam esse debate.
O emedebista, que é presidente de honra da sigla, comentou as recentes declarações do senador Jaques Wagner (PT-BA), que defendeu a formação de uma chapa puro-sangue envolvendo ele, o ministro Rui Costa (PT) – estes dois para o Senado – e o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), que tentaria a reeleição ao Palácio de Ondina.
Lúcio lembrou que, antes das eleições de 2022, houve uma longa indefinição sobre quem seria o nome da base governista ao Governo do Estado. “Jerônimo foi anunciado quando? Antes de Jerônimo ia ser Wagner governador, depois ia ser João Leão, ia ser Otto e terminou sendo Jerônimo”, disse ele ao Política Livre.
“Por aí a gente já tira como uma formação de chapa antecipada por ‘entrar água’. Feito ‘na boca da botija’, falando no linguajar baiano, deu no que deu, teve quatro candidatos antes de chegar a Jerônimo, imagine agora”, completou o dirigente.
Lúcio Vieira diz ter tido aprendizado com Jaques Wagner
O emedebista, na ocasião, lembrou ter aprendido com Wagner que política se faz somando, não dividindo. Lúcio Vieira Lima ressaltou ainda que Jerônimo não venceu o pleito de 2022 com folga, por uma diferença de 400 mil votos.
“O que elege cargo majoritário é voto. Os votos de Jerônimo foram os votos de Rui e os votos de Wagner que apoiaram. Tanto é que Jerônimo iniciou a campanha com 3%, o máximo que dizem é 6%, com os votos de Wagner, com os votos de Rui e com os votos dos aliados. A vitória foi de 400 mil votos, não foi nadando de braçada. Foram 400 mil votos que contaram com o tempo do MDB e de todos os partidos aliançados”, avisou.