Política

Lira e Pacheco vão se reunir para buscar solução para pagamento dos precatórios em 2022

Presidente da Câmara já havia proposto que as duas Casas assegurassem um rito mais célere do texto para que a proposta fosse aprovada rapidamente

Reprodução/Agência Câmara
Reprodução/Agência Câmara

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), informou nesta segunda-feira (20) que vai participar de uma reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para debater a proposta que regulamenta o pagamento dos precatórios. Lira já havia proposto que as duas Casas assegurassem um rito mais célere do texto para que a proposta fosse aprovada rapidamente.

“É imperioso que se chegue a uma solução. O que está posto [cumprimento da decisão judicial] vai impactar o Orçamento, é imperioso que se discuta e se encontre uma saída. Eu sempre defendo a tese de não haver rompimento do teto, devemos discutir uma trava”, explicou o presidente.

Fake news
Lira também comentou sobre o envio ao Congresso, pelo Poder Executivo, do projeto de lei que dificulta a remoção de conteúdos falsos pelas plataformas. Segundo ele, projeto de lei sempre é a melhor saída. Há 15 dias, o governo editou uma MP nos mesmos termos e que foi devolvida pelo presidente do Congresso.

Na Câmara, um grupo de trabalho debate o Projeto de Lei 2630/20, que institui a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet. O projeto, do Senado, cria medidas de combate à disseminação de conteúdo falso nas redes sociais e nos serviços de mensagem privada. Segundo Lira, o projeto do governo, que vem com pedido de urgência constitucional, vai servir de incentivo para o grupo concluir seu trabalho.

Reforma administrativa
Lira também afirmou que vai se encontrar com o relator da reforma administrativa, deputado Arthur Oliveira Maia (DEM-BA), e os líderes partidários para debater a votação da proposta. O texto deve ser votado na comissão especial ainda esta semana. Segundo Lira, o texto precisa estar afinado para ser aprovado no Plenário, “pois é um tema que precisa de 308 votos no Plenário”.

Aumento do IOF
Lira afirmou que o decreto do presidente Bolsonaro que elevou temporariamente alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários) não foi discutido com os deputados. Apesar de encarecer o crédito, a elevação do IOF deve render aos cofres públicos R$ 2,14 bilhões, segundo o Executivo. As novas alíquotas valem desde a última sexta-feira. Segundo Lira, o Legislativo pode rever a decisão, já que decretos não tramitam pelo Legislativo.

“Decreto não passa por tramitação na Casa, não foi conversado nem na Câmara nem no Senado. É uma decisão que a Câmara e o Senado podem rever depois. Mas não posso falar sobre hipótese”, afirmou Lira.