Política
Lídice espera apoio de Rui e descarta ideia de chapa independente em 2016
"Salvador não anda com as próprias pernas", pontuou a senadora
Mais uma vez lembrada para as disputas pela prefeitura de Salvador, a senadora Lídice da Mata (PSB) ainda costura nos bastidores as condições para oficializar sua pré-candidatura. “Eu não vou ser candidata como fui na eleição passada, com o partido sozinho, com pouco tempo de televisão”, disse, ao explicar que o formato foi determinado pela executiva nacional da legenda, que à época visava projeção futura do presidenciável Eduardo Campos.
Para esta nova jornada, Lídice já estabeleceu os critérios pelos quais poderá entrar no páreo e não viver mais uma aventura sem sucesso. “Todo político deseja governar a cidade em que nasceu politicamente. Já tive essa experiência, muito sofrida, mas realizadora, muito gratificante. Creio que fiz mais do que podia, pelos recursos e pela perseguição que tivemos. Queria ter a oportunidade de fazer isso em um novo momento com gente como o governador Rui Costa, que tem essa atitude em defesa de Salvador. Mas isso depende das articulações”, afirmou, durante entrevista ao programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, nesta segunda-feira (1).
A senadora ainda avaliou a gestão do prefeito ACM Neto. “Ele retomou a ordem de alguns serviços, esse mérito ninguém lhe tira. Ele tá com boa popularidade, mas tem dois governos que não o perseguiram, que não negaram nenhum tipo de ajuda. Salvador não anda com as próprias pernas”, pontuou, referindo-se ao ex-governador Jaques Wagner e ao governador Rui Costa.
A declaração foi rebatida pelo secretário de Promoção Social da prefeitura, Bruno Reis, durante participação por telefone no Se Liga Bocão. “Salvador anda com as próprias pernas. A prefeitura já inaugurou 32 encostas, todas com recursos próprios. O que incomoda o governo estadual e federal é que diante da crise, Salvador continua trabalhando. Foi uma decisão acertada do prefeito entregar o metrô ao governo do estado”, rebateu.
“Tem políticas que ultrapassam o governo, devem ser política de estado”, contra atacou Lídice. “Não vale alguém dizer que ‘estou fazendo como prefeito’ porque todos fizeram. A história não começou com ele. São mais 450 anos de cidade. Imagine se o governo retirasse os investimentos no metrô, os 40 milhões em segurança para o Carnaval de Salvador?”, completou.