A disputa pela presidência das comissões do Senado segue acontecendo. Segundo o senador Humberto Costa (PT-PE), a oposição não deverá ser contemplada porque os critérios usados são os dos tamanhos dos blocos e os dos acordos feitos para a eleição da Presidência do Senado.
"As forças que apoiaram Rodrigo Pacheco fizeram o entendimento anterior, inclusive para dar esse apoio, de proposta de funcionamento do Senado, ocupações de espaço, não vejo agora como posamos fazer um entendimento com a oposição", pontua Humberto Costa, que lembrou que PL e PP tiveram candidatura própria ao comando da Casa, o que inviabilizou incluí-los na divisão das comissões.
Do mesmo bloco que o petista, o Resistência Democrática (PSD/PT/PSB), o senador Nelsinho Trad (PSD-MT) tem uma opinião contrária. Para o parlamentar, a divergência na eleição não pode perdurar na relação do legislativo, e que seria uma perda deixar de contar com a experiência de senadores com outras ideologias e visões políticas.
"A eleição terminou, daqui para frente é olhar para a produtividade da Casa, e não é excluindo um número considerável de senadores com 'know how', expertise, cada um em uma área, que vamos achar um caminho. Espero que o bom senso e a pacificação possam reinar", deseja Trad.
Até esta semana os líderes das comissões devem ser anunciados, entre eles da de Constituição e Justiça, Assuntos Econômicos, Infraestrutura, Meio Ambiente, Agricultura e Reforma Agrária, e Educação, Cultura e Esporte.