Política

Líder do governo na CMS aponta Geraldo Jr. como “farsa” e afirma que prefeitura não cumprirá derrubada de veto

Ao Portal Salvador FM, Magalhães classificou Geraldo como “uma farsa” e afirmou que a prefeitura não cumprirá a derrubada do veto ao pagamento do piso salarial dos agentes comunitários de saúde e combate às endemias

Vagner Souza/Salvador FM
Vagner Souza/Salvador FM

O vereador e líder do governo na Câmara Municipal, Paulo Magalhães Jr. (UB), criticou o atual presidente da Casa e vice na chapa petista ao governo da Bahia, Geraldo Jr. (MDB). Ao Portal Salvador FM, Magalhães classificou Geraldo como “uma farsa” e afirmou que a prefeitura não cumprirá a derrubada do veto ao pagamento do piso salarial dos agentes comunitários de saúde e combate às endemias.

“Seria cômico se não fosse trágico. Já virou uma praste do presidente Geraldo Jr. que quer viajar em campanha. Enquanto ele não está aí, ele não abre nem o plenário da Câmara. Porque normalmente o vice poderia presidir a Casa como sempre houve, ou qualquer um da mesa, mas ele não deixa Duda [Sanches] presidir, não deixa ninguém, vota como quer e aprova como quer. Os nossos vereadores não votaram com ele, sendo uma farsa. Perdeu o limite, a razão, o senso de ridículo, virou a rainha da Inglaterra”, disparou.

Sobre o cumprimento da decisão por parte da prefeitura da capital baiana, Paulo Magalhães foi firme: “O prefeito não vai cumprir essa decisão. Nenhuma decisão dessa Câmara ilegítima e irregular será cumprida”.

O caso

Na última semana, Geraldo Jr., anunciou a derrubada do veto do prefeito Bruno Reis (UB) ao pagamento do piso salarial dos agentes comunitários de saúde e combate às endemias. Segundo o gestor, foram obtidos os 22 votos necessários para a derrubada do veto. Geraldo Jr. informou, durante a sessão, que iria contabilizar a presença dos vereadores que estivessem na Casa, mesmo que não tivessem registrado presença.

O clima ficou tenso após a decisão, e Paulo Magalhães Jr. partiu pra cima do presidente, Geraldo Jr. A Polícia Legislativa precisou intervir para evitar que a situação ficasse ainda pior. Diante do clima tenso, o presidente da Câmara encerrou a sessão.

Com a derrubada do veto, a expectativa é a de que haja um rombo superior a R$ 300 milhões nas contas da Prefeitura de Salvador. O prefeito de Salvador alega que não tem condições de pagar o valor para os servidores municipais.

Na última terça-feira (16), o presidente da Câmara Municipal de Salvador (CMS), Geraldo Júnior, afirmou que está reunindo documentos e vídeos sobre as tentativas de agressão sofridas durante a sessão da última semana. O edil também suspendeu a sessão por justificativa de segurança.

De acordo com o presidente da Casa, o material coletado por ele fará parte de registro que será feito na Secretaria de Segurança Pública (SSP).