O deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), justificou o repasse milionário de verbas a uma entidade ligada ao Teatro Castro Alves (TCA), feita pelo Governo do Estado.
Levantamento no Portal da Transparência do governo baiano mostra que, de janeiro a agosto, a Secretaria Estadual de Cultura (Secult) pagou R$ 11,4 milhões para a Associação Amigos do Teatro Castro Alves (ATCA) que, segundo seu estatuto, tem como objetivo principal “promover o aprimoramento e a ampliação da atuação do Teatro Castro Alves, inclusive geograficamente, em todos os seus aspectos”.
Recentemente, a associação esteve envolvida numa polêmica sobre o comando da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba). Inicialmente, o Instituto de Desenvolvimento Social pela Música (IDSM), ligado ao maestro Ricardo Castro, havia vencido o Edital de Seleção nº 01/2023. Na época a Secult informou que ATCA não atingiu a Nota Técnica mínima para chegar à fase seguinte do processo de seleção, sendo, portanto, desclassificada. Porém, no último dia 6 de setembro, a secretaria decidiu acatar parcialmente o recurso impetrado pela ATCA, desclassificando também o IDSM, medida que, na prática, anulou o edital.
“Esse dinheiro repassado é basicamente para o custeio da Osba. É lamentável e todos nós gostaríamos que o Teatro Castro Alves (TCA) estivesse em funcionamento, mas, de qualquer maneira, existem custos mesmo ele fechado, que são fixos e não se pode fugir deles. Um deles é a Osba, uma orquestra vinculada ao TCA. Por conta disso, o dinheiro tem que ser repassado”, comentou ao Política Livre o parlamentar petista, na segunda-feira (2).