Considerado o pivô da Operação Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef foi preso novamente. Ele foi localizado na cidade de Itapoá, em Santa Catarina e foi levado para Curitiba, base dos trabalhos.
A prisão ocorreu nesta segunda-feira (20) após determinação do juiz Fernando Appio, que substituiu Sérgio Moro na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, especializada em crimes financeiros e de lavagem de ativos.
De acordo com a colunista Julia Dualibi, do G1, a prisão de Alberto Youssef, desta vez, foi por conta de crime tributário. Na decisão com base em um relatório da Receita Federal, Appio afirmou que Youssef "não devolveu aos cofres públicos todos os valores desviados e que suas condições atuais de vida são totalmente incompatíveis com a situação da imensa maioria dos cidadãos brasileiros".
Ainda na sentença, o magistrado afirmou que o fato de que Youssef tentou comprar um avião e um helicóptero também contribuíram para a decisão da prisão preventiva.
Durante a Lava Jato, Alberto Youssef chegou a ficar preso entre 2014 e 2017, mas fez um acordo de delação premiada e acabou solto. O acordo foi assinado em troca de informações que poderiam levar à prisão de mais pessoas envolvidas nas investigações da operação. O doleiro é apontado como o chefe de um esquema de pagamentos de propinas e lavagem de dinheiro.