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Kléber Rosa rechaça apoio do PSOL a Jerônimo no 1° turno e cita aliança do PT com a direita

Crítico à gestão, o investigador da polícia diz que as alianças feitas com setores da direita foram determinantes para o afastamento do seu partido do governo petista

Reprodução/YouTube
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Pré-candidato do PSOL ao Governo da Bahia, Kléber Rosa negou a possibilidade do PSOL se retirar da disputa e declarar apoio a Jerônimo Rodrigues no primeiro turno.

Crítico à gestão petista no estado, o investigador da polícia diz que as alianças feitas com setores da direita foram determinantes para o afastamento do seu partido do governo Jaques Wagner e Rui Costa.

"Nenhuma possibilidade de aliança no primeiro turno. Nós disputamos um projeto social para a Bahia e não vamos abrir mão", garante.

Kléber Rosa, que foi filiado ao PT e chegou a ser assessor de Rui quando ele foi vereador em Salvador, lamentou durante sabatina do UOL/Folha, nesta quinta-feira (26), que a sigla tenha, inclusive, se alinhado a lideranças "carlistas" na Bahia, que tradicionalmente eram seus adversários.

"O PT fez alianças com setores de direita, inclusive da oligarquia carlista, que conduz a Bahia há quase 70 anos, flerta com esses segmentos e isso reflete em uma postura governamental para o campo de centro direita", afirmou o psolista, citando as consequências, por exemplo, na área da segurança pública.

Segundo Kléber Rosa, até o momento da pré-campanha, o ex-secretário de Educação tem se colocado como um 'novo Rui Costa', sem adotar um tom crítico sobre o mandato do atual governador. Caso a postura seja a mesma, em caso de segundo turno com presença do PT, o PSOL seguirá sem apoiar e pode manter uma posição independente.

"Eu estou vendo o candidato Jerônimo se colocar como um novo Rui Costa, que vai continuar a correria. Se a posição dele for de respaldar, de forma acrítica, como ponto de pauta aqui, a possibilidade de diálogo para o segundo turno se torna zero", resume.