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Kléber Rosa defende aumento de efetivo da Polícia Civil, mas diz que não há 'solução mágica' para violência

Para o psolista, é preciso reduzir a diferença entre a quantidade de policiais militares e civis, que reflete na lógica da segurança pública que prioriza o enfrentamento, e não a investigação e inteligência

Reprodução/YouTube
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Investigador da Polícia Civil e candidato do PSOL ao Governo da Bahia, Kléber Rosa defendeu nesta terça-feira (9), em entrevista ao Ligação Direta, da rádio Salvador FM, o aumento do efetivo da Polícia Civil.

Para o psolista, é preciso reduzir a diferença entre a quantidade de policiais militares e civis, que reflete na lógica da segurança pública que prioriza o enfrentamento, e não a investigação e inteligência. Kléber garante que caso seja eleito esta será uma das suas prioridades.

"O efetivo de policiais militares é em torno de sete vezes maior que a Polícia Civil, tem que mudar a compreensão do que é segurança pública […] pensar em uma reestruturação de cargos e salários para os policiais civis. Destaco que não é uma visão corporativista, sou investigador da polícia mas eu questiono o modelo", afirma.

"A Bahia é um estado de violência generalizada e o modelo de enfrentar isso gera mais violência e costuma vitimizar setores da população", complementa.

Kléber adverte que a escalada violenta não se justifica pelos pontos que circundam a área somente da segurança pública, mas outras áreas são determinantes na conjuntura que leva a este cenário.

"O fenômeno da violência de exclusão social, refletido pelo desemprego, fome, falta de moradia, de acesso à educação. O nosso programa de inclusão social visa um estado de paz socila, inclusão social, além de incidir sobre os índices de segurança", justifica.

Apesar do posicionamento, o candidato do PSOL alerta que não existe nenhuma proposta imediata que resolve definitivamente o problema da violência na Bahia.

"Não existe solução mágica. Sei que a ansiedade por segurança existe, mas eu não tenho compromisso com proposta eleitoreira. O que os governos fazem é deslocar os efetivos para o local em que ocorreu o fato e dá a impressão que este local está seguro. Todas as tentativas de enfrentar o problema da violência baseado em ações imediatadas são mais para passar a ideia de segurança do que realmente ser. Tanto é, que não há segurança", analisa.

"Ou a gente vai levar a sério a segurança a partir de mudanças estruturas, um estado de paz a partir de um novo modelo, ou vamos continuar se iludindo com ideias imediatistas", acrescentou.