A juíza substituta de Direito, Maria do Rosário Passos da Silva Calixto, determinou, no último sábado (30), a suspensão da eleição para a escolha do chefe do PSDB de Salvador, sob pena diária de R$ 50 mil até R$ 500 mil ao presidente estadual e deputado federal João Gualberto em caso de descumprimento.
A decisão acatou o pedido do atual comandante dos tucanos soteropolitanos, Edvaldo Luiz Costa Lins. Ele assumiu o posto depois que o vereador licenciado Paulo Câmara deixou o Legislativo soteropolitano para assumir a Secretaria de Assuntos Federativos em Brasília.
De acordo com a decisão, Lins foi eleito para o cargo durante a Convenção Municipal do PSDB em 7 de maio deste ano, segundo ele, “anuída tacitamente pela própria Executiva Estadual”, ao arcar “com pagamento das despesas referentes às publicações dos editais”.
Só que o Diretório Nacional do PSDB expediu resolução para a realização de novos pleitos no partido. Em 4 de setembro, a Executiva Estadual designou, argumenta Lins, “sem qualquer legitimidade, e em ofensa aos princípios do contraditório, ampla defesa”, a realização das novas convenções para o dia 1º de outubro.
“O que configura […] uma manifesta tentativa de, por via oblíqua, destituir/dissolver a composição dos membros dos órgãos partidários municipal e zonais”, afirmou Lins, no pedido à Justiça.
A imprensa tentou falar com o presidente do PSDB-BA e deputado federal João Gualberto, mas não obteve êxito até a publicação da reportagem.
Reprodução/Bahia.ba (AO)