A Justiça Federal mandou bloquear R$ 20 milhões em bens e ativos financeiros do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) depois de um pedido da força-tarefa da Operação Lava Jato. A determinação do bloqueio foi aceita no fim de julho.
Além do bloqueio, o despacho prevê a indisponibilidade de bens imóveis, de veículos e o sequestro de parte de imóvel citado no esquema de corrupção investigado na Operação Piloto. As mesmas medidas, com valores proporcionais, foram aplicadas a outros seis réus.
Réu no processo, o ex-governador é acusado de participar de crimes de fraude à licitação, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Conforme o Ministério Público Federal (MPF), pagamentos milionários foram feitos em favor de agentes públicos e privados no estado em troca de um possível direcionamento na licitação das obras da PR-323, entre Maringá, no norte, e Francisco Alves, no noroeste.
De acordo com a denúncia, em troca de pagamentos de propina, a Odebrecht seria favorecida na licitação das obras na rodovia. A duplicação do trecho nunca saiu do papel.
Segundo os procuradores, o nome da operação, que é a 53ª etapa da Lava Jato, faz referência ao codinome usado nas planilhas da construtora Odebrecht para se referir ao ex-governador. Richa também é réu em outros dois processos da Lava Jato.
A defesa de Beto Richa informou que vai se manifestar somente no processo, "diante da insistência repetitiva do Ministério Público Federal, relativamente ao tema de indisponibilidade de bens”.
G1 // AO