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Júnior Muniz reitera disputa pela vice-presidência da Alba: 'Eu quero é que se cumpra o acordo'

Pela proporcionalidade na Casa, cabe ao PT indicar o nome para ocupar o segundo maior cargo do Legislativo baiano

Deputado Júnior Muniz (PT). Foto: Agência ALBA/ Juliana Andrade/Divulgação
Deputado Júnior Muniz (PT). Foto: Agência ALBA/ Juliana Andrade/Divulgação

Com a vice-presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) declarada vaga desde que Ivana Bastos (PSD) foi oficializada presidente do Parlamento, a bancada do PT tem assistido à disputa interna entre Fátima Nunes e Júnior Muniz pelo posto. Pela proporcionalidade na Casa, cabe ao partido indicar o nome para ocupar o segundo maior cargo do Legislativo baiano.

Na semana passada, foi publicado no Diário Oficial um ofício em que a bancada do PT indica o nome de Fátima Nunes para o posto. No entanto, o deputado Júnior Muniz tem se colocado como candidato ao cargo e vem cobrando cumprimento de um acordo firmado com a liderança do governo na Casa, representada pelo deputado Rosemberg Pinto (PT).

Conforme explicou Muniz, quando estavam em curso as conversas para composição da Mesa Diretora, ele manifestou interesse em ser indicado para uma das cadeiras de direção. No entanto, abriu mão em prol do nome de Rosemberg, que também nutria o desejo de ocupar a vice-presidência. Rosemberg, por sua vez, abriu mão em apoio a Ivana Bastos. O combinado, então, seria Muniz ter o nome indicado em caso de vacância futura na Mesa, como ocorre neste momento em que Fátima Nunes é a indicada.

Em entrevista ao PS Notícias, Júnior Muniz explicou que, dentro da bancada petista, diversos integrantes foram contemplados na divisão de cargos estratégicos neste início de ano.

“Robinson Almeida foi presidir a Comissão de Constituição e Justiça, Zé Raimundo foi para a Comissão de Finanças, Maria del Carmen está na Comissão de Desenvolvimento Urbano, e Fátima Nunes ficou como líder da Bancada do PT. E eu fiquei aguardando a minha vez”, contextualizou.

Cumprimento do acordo

Diante do posicionamento da bancada do PT com ofício indicando o nome de Fátima Nunes, Muniz tem reiterado que é candidato e que tem voto suficiente para ser eleito vice-presidente da Casa.

“Estou firme e forte aguardando as decisões. O voto [para ser eleito] eu tenho. Tenho recebido diversas ligações de apoio, tenho conversado com os colegas. Eu sou soldado do governador Jerônimo Rodrigues, não vou fazer nada que venha prejudicar nossa base. Mas foi feito um acordo na mesa com Rosemberg Pinto, líder do governo. Eu quero é que cumpra o acordo. O governador até agora não se envolveu no processo”, externou.

Um detalhe que chamou a atenção no ofício da bancada do PT é a ausência da assinatura do deputado Euclides Fernandes. Além, claro, da ausência da rubrica de Muniz. “Euclides sabe que foi feito o acordo. Ele tem consciência e não quer ver sendo passado o rolo compressor”, explicou o deputado à reportagem.

3 para 1

Júnior Muniz relata estar confiante em relação à margem de votos para sua eventual eleição. “Se tivesse a eleição na semana passada, eu teria de 45 a 50 votos. A proporção de apoio que tenho é de 3 para 1″, disse o parlamentar.

Por fim, o deputado reiterou que reúne os pré-requisitos para ser candidato ao posto de vice-presidente.

“Eu sou soldado do governador Jerônimo, sou da base do governo, sou do PT. Então, tenho todas as credenciais para ser candidato”, elencou.

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