O deputado estadual da Bahia, Junior Muniz, deixou oficialmente o PP. Nesta quarta-feira (9), o seu nome apareceu no painel de votação na Assembleia Legislativa (Alba) já como "sem partido", e sacramentou o fim da sua história na legenda.
Ao Portal Salvador FM, Muniz contou que tem conversas adiantadas e deve "provavelmente" se filiar ao PT. O agora ex-pepista diz que vai dialogar ainda com Luiz Caetano, titular da Secretaria de Relações Institucionais e figura importante na articulação política do governo, para "consolidar" a sua ida.
Outra possibilidade é ingressar no PTC, partido fundado por ele e controlado pelo seu assessor Odilon Muniz. O deputado confia que a sigla, mesmo diante das novas regras eleitorais, consiga eleger até dois deputados para a Alba.
"Estou trabalhando, provavelmente devo ir para o PT. Conversei com algumas agremiações, tenho montado o PTC, organizado para fazer dois deputados estaduais, e assim aguardando vamso ver essa semana se consolidar. Vou conversar com Caetano quando chegar em Salvador", disse Junior Muniz, que está em Brasília, no Distrito Federal.
A justificativa para a sua saída é na condução do vice-governador João Leão (PP) nos últimos meses, tentando se viabilizar como candidato pela base, no lugar do senador Jaques Wagner (PT).
Muniz repete que nunca escondeu o seu apoio a Wagner e diz que Leão "esticou um pouco a corda" ao insistir na sua candidatura.
"Eu defendo o governo Rui. Lá atrás disse que se Bolsonaro entrasse no PP, eu sairia. Abri mão dos 15 mil votos que a igreja me deu, para estar com Rui. E Leão sempre bate nesta tecla, que pode ser candidato ao governo, acho que esticou um pouco a a corda", relatou, apesar de confiar que o grupo se mantenha unido nos próximos anos.
