Política

Jorge Solla condena agência criada no governo Bolsonaro para contratar médicos; entenda

“Transformaram a Adaps num antro de bolsonaristas para ganhar a eleição”, disse deputado Jorge Solla (PT-BA)

Reprodução/TV Senado
Reprodução/TV Senado

O deputado federal Jorge Solla (PT-BA) condenou, durante reunião da Comissão Mista do Congresso para tratar de uma Medida Provisória que discute a formação profissional no âmbito do Mais Médicos, a criação de uma agência, na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que contrataria profissionais para o Médicos pelo Brasil, em substituição do Mais Médicos.

“Onde teve escândalos foi na contratação [de médicos] pela Adaps [Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde], que transformaram num antro de bolsonaristas e, até hoje, tem auditoria interna”, disse o parlamentar petista.

O deputado se refere a uma série de irregularidades administrativas encontradas no órgão após um relatório elaborado pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia-Geral da União (AGU).

A agência foi criada em 2020 no governo Bolsonaro para contratar profissionais para o Médicos Pelo Brasil, em substituição ao Mais Médicos, um dos primeiros programas sociais destruídos pela gestão derrotada nas urnas em 2022.

“Encheram (a Adaps) de cabos eleitorais para jogar na campanha, na tentativa desesperada de reeleger o (ex-)presidente, que, graças ao País e a Deus, foi derrotado fragorosamente. Felizmente, seus projetos não irão prosperar”, comemorou o deputado.

Fala inverídica

Ainda durante a sessão, Jorge Solla rebateu uma fala da deputada Adriana Ventura (Novo-SP), que denunciou supostos escândalos provocados por irregularidades na primeira versão do programa Mais Médicos. Ademais, a parlamentar ainda alegou falta de mecanismos de controle no programa.

“Continuam desconhecendo o básico. Na contratação (dos profissionais) pela Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), os médicos que vieram para cá eram funcionários do governo cubano. Eles recebiam o salário de lá e daqui”, explicou Solla, no Senado.